A greve nacional das centrais, em 14 de junho, principalmente contra a
reforma da previdência, foi debatida na manhã desta sexta-feira (17), em
Santos, em plenária estadual da Força Sindical (FS).
O auditório do sindicato dos trabalhadores na construção civil, montagem e
manutenção industrial (Sintracomos) ficou lotado. Sindicatos de outras
centrais também participaram.
Segundo o presidente estadual da FS, Danilo Pereira da Silva, essa foi a
quarta reunião em diferentes regiões do estado. As demais foram em Marília,
Ribeirão Preto e Americana.
A de Santos reuniu sindicalistas da Grande São Paulo, ABC, Guarulhos,
Osasco, Vale do Paraíba e discutiu as articulações da greve geral em São
Paulo e outros estados.
Participaram do encontro representantes de federações e sindicatos dos
comerciários, condutores, construção civil, eletricitários, estivadores,
portuários, químicos, rodoviários e de serviços, entre outros.
O presidente nacional da FS, Miguel Eduardo Torres, salientou a importância
de todas as categorias participarem da greve. O deputado federal Paulinho da
Força (SDD) falou sobre as articulações nacionais.

Cobrar os
devedores
Além dos secretários estaduais da central, também esteve presente o
presidente do sindicato nacional dos aposentados da FS, João Batista
Inocentini. Segundo ele, a reforma atingirá a todos.
Danilo Pereira defende que “uma reforma da previdência séria deveria
primeiro combater privilégios reais e cobrar os devedores. E só depois
aperfeiçoar o sistema previdenciário”.
Segundo ele, a greve “mostrará à sociedade que a reforma impedirá que mais
de 10 milhões de brasileiros se aposentem. E que outro tanto se aposentará
apenas de muito tempo a mais de trabalho”.
Os deputados federais Bozzella Júnior (PSL) e Rosana Vale (PSB), apesar de
convidados, não apareceram. O evento começou às 8h30, com um café da manhã,
e terminou ao meio-dia.